A busca pela conservação e boa aparência dos dentes surge por volta de 2000 anos antes de Cristo – no Egito – quando o povo nativo esfregava sobre os dentes uma fórmula a base de sal e flor de iris na tentativa de remover as manchas dentárias. Podemos dizer, ainda que sem saber sua real eficácia, que essa foi a primeira técnica de clareamento existente no mundo. Mas os tempos são outros e clarear os dentes vem se tornando algo cada mais freqüente nos consultórios odontológicos do mundo todo. É claro que novas técnicas surgiram desde então, mas precisamos ver a real necessidade de se fazer o tratamento.

O clareamento é recomendado em casos de o paciente ter leves manchas, fluorose suave, dentes que ficaram escuros por conta de um tratamento de canal, calcificações, etc. Porém, existem casos de insucessos em que após o término das sessões os dentes não sofrem mudança, ou seja, permanecem com a coloração inicial. Daí a importância do cirurgião definir o que é mais viável para seu paciente.

Atualmente o clareamento com molde e o clareamento a laser são os mais utilizados, sendo que o primeiro nascido na década de 1980 levava trinta sessões de quatro horas cada. Hoje, com a utilização de novos produtos o tempo do tratamento chega no máximo a 21 sessões tendo em média 1 hora de duração. Com isso, tem-se um resultado de dois anos de duração. O segundo tratamento por sua vez, surgiu na década de 1990 e leva a metade do tempo que o clareamento a molde. São necessárias apenas duas sessões de 90 minutos cada, mas a durabilidade também é pela metade: um ano apenas. Além disso, as técnicas se diferenciam na disponibilidade do paciente e na questão financeira. A técnica a base de molde apesar de mais demorada tem o valor mais atrativo.

Porém, ambos os tratamentos combinam em algumas situações: São métodos eficazes, mas não são usados para clarear restaurações, podem implicar na sensibilidade dos dentes nas horas seguintes a execução do tratamento e o processo de oxigenação faz com que apareçam (por alguns dias) pequenas manchas claras na estrutura do dente.

É preciso entender, ainda que efeitos colaterais possam se manifestar, o clareamento ainda assim é uma boa opção para a estética dos dentes, pois consegue manter a integridade das estruturas dentárias sadias. Os sucessos e os insucessos do clareamento vão depender muito do grau de sensibilidade dos dentes. Pessoas praticantes do tabagismo, alcoolismo e com lesões na mucosa bucal, clarear os dentes não é recomendado.